terça-feira, 20 de outubro de 2009
Ministério Público do Trabalho pede ao Tribunal de Justiça garantias de emprego dos agentes de saúde de João Pessoa
Agentes de saúde acusam prefeitura de JP de perseguição
O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Paraíba protocolou nesta segunda-feira (19), no Tribunal de Justiça (TJ), petição em que denuncia suposta perseguição do município de João Pessoa para com os agentes comunitários de saúde.
Na última segunda-feira (12), os agentes estiveram no MPT e informaram ao procurador Eduardo Varandas que estão sendo demitidos por questões políticas. Apresentaram a carta de demissão e várias testemunhas que depuseram acerca da suposta perseguição.
Das várias denúncias feitas pelos agentes, destacam-se a de assédio moral e simulação de falta grave para justificar as demissões. O processo está concluso para o desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, que deverá apreciar o pedido liminar do MPT hoje ou nesta terça-feira (20).
“Acreditamos que a Justiça Comum, com a verossimilhança da prova que juntamos, deverá conceder a medida liminar para evitar a perseguição da administração municipal para com os agentes de saúde.
Queremos minimizar os danos à população mais carente, já que estes profissionais trabalham com medicina popular nos bairros mais humildes”, justificou o procurador. A medida liminar postulada pelo MPT serve apenas para assegurar que ninguém seja demitido até que o Poder Judiciário examine, com mais segurança, se a nomeação dos agentes feita pela administração de Cícero Lucena (PSDB) foi regular.
Entenda o caso
O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que a Justiça do Trabalho era incompetente para apreciar questões envolvendo agentes comunitários. O processo, então, foi parar na Justiça Comum Estadual.
O prefeito Ricardo Coutinho (PSB) não validou os exames seletivos feitos na administração do ex-prefeito Cícero Lucena, o que levou o Ministério Público do Trabalho a propor ação civil pública na Justiça do Trabalho para evitar a demissão em massa de profissionais que, aos olhos do MPT, não poderiam sofrer rescisão contratual. O caso ainda está sendo examinado pela justiça mas, mesmo assim, a prefeitura promoveu novo concurso e vem nomeando novos agentes comunitários de saúde.
Paraíba 1
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