"A situação de perigo nas cidades paraibanas desafia as autoridades a criarem um plano de reação, não podemos mas conviver com isso", declarou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal (CDHM), deputado Luiz Couto (PT). Ele e os demais integrantes que formam a "cúpula" nacional em defesa aos Direitos Humanos estão nesta sexta-feira, dia 30, na Paraíba realizando diligências para avaliar os índices de violência no Estado.
"O objetivo é mapear os registros de casos no Estado e levar ao conhecimento dos órgãos de segurança estaduais e federais", sintetiza Luiz.
As audiências públicas são realizadas no auditório da Câmara dos Diretores Lojistas (CDL) e são acompanhadas pelo ouvidor da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), da Presidência da República, Fermino Fecchio, e o procurador geral da Justiça, Oswaldo Trigueiro. "O estado da Paraíba, conforme informações do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2009, está dentro dessa realidade de aumento de práticas violentas, como tortura, execuções sumárias de presos, violência policial, práticas de grupo de extermínio e crime organizado nas fronteiras da PB e de PE, e PB e o RN", detalha Luiz.
De acordo com o parlamentar federal, na Paraíba, 10 crimes são registrados a cada hora e, nos fins de semana, pelo menos 5 desses, são crimes contra a vida humana. Este dado é baseado nos registros do Centro Integrado de Operações Policiais e pelos Centros de Operações da Polícia Militar (CIOP).
"Em 2007 foram 612 assassinatos e já em 2008 foram 844 assassinatos, o que revela um crescimento da violência numa média geral acima de 10%", compara Luiz Couto. Para ele, esses dados são ainda mais preocupante, porque a Paraíba se iguala a estados que estão com índices crescentes de homicídios, como Pará, Rondônia, Tocantins, Bahia e Amazonas.
Norte
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