STF pode investigar Cunha Lima por dinheiro voador
Ministério Público Federal recebe pedido para que a Operação Concord, que envolve o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), seja tratada com celeridade; Cunha Lima, que tem sido um dos principais porta-vozes do golpe contra a presidente Dilma Rousseff, teve seus sigilos quebrados por decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal; em 3 de dezembro de 2012, Weber cobrou providências do juiz Sergio Moro, que era instrutor do caso; "Atribuo ao Juiz Federal Sergio Fernando Moro, magistrado instrutor, os poderes previstos no referido dispositivo, para doravante praticar os atos ali previstos e ordinatórios quanto ao trâmite deste inquérito", disse ela; agora, uma nova ação pede que o MP dê celeridade ao caso e impeça a prescrição; à época, operação da Polícia Federal se tornou folclórica porque um operador da política local, chamado Olavo Lira, jogou R$ 400 mil do alto do Edifício Concord para evitar o flagrante dos policiais
14 de Julho de 2015 às 11:54
247 – O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que tem sido um dos principais porta-vozes do golpe contra a presidente Dilma Rousseff, pode se tornar réu no Supremo Tribunal Federal. Isso porque ele foi um dos alvos da Operação Concord, da Polícia Federal, que apurou esquemas de desvios de recursos e lavagem de dinheiro na campanha eleitoral de 2006.
A operação se tornou lendária em João Pessoa (PB), porque literalmente choveu dinheiro na capital paraibana. Para não ser pego em flagrante pela PF, um operador da política local, Olavo Lira, conhecido como Olavinho, teria jogado R$ 400 mil do alto do edifício Concord.
O processo caiu nas mãos da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, que, no dia 3 de dezembro de 2012, pediu providências ao juiz Sergio Moro, o mesmo que hoje conduz a Lava Jato – Moro era o juiz instrutor do caso. "Atribuo ao Juiz Federal Sergio Fernando Moro, magistrado instrutor, os poderes previstos no referido dispositivo, para doravante praticar os atos ali previstos e ordinatórios quanto ao trâmite deste inquérito", disse Rosa Weber (confira aqui o despacho de Rosa Weber).
Agora, o professor universitário Charlinton Machado, que é também presidente regional do PT, protocolou pedido ao Ministério Público para que não deixe o caso prescrever. “Embora haja toda a gravidade, o juiz Sérgio Moro resolveu secundarizar a atenção processual, resultado por temermos a prescrição, como acontece nos processos do PSDB, estamos agindo pedindo celeridade”, disse ele.
O professor universitário Charlinton Machado protocolou nesta terça-feira pedido ao Ministério Público Federal, autor de investigação e de ação criminal contra o atual senador Cássio Cunha Lima – líder do PSDB, para que provoque a Ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, no sentido de dar celeridade ao processo denominado de Concorde, ainda das eleições de 2006, para indicar substituto do juiz federal Sérgio Moro, o mesmo da Lava Jato, que há meses está com o processo e não da prosseguimento.
- Estou dando entrada de uma petição em caráter pessoal, como pessoa física, para não envolver a questão partidária – informou Machado em contato com a reportagem do Portal WSCOM, ele que é também presidente do PT da Paraiba. “Não quero misturar as coisas para evitar a polêmica de sempre”.
Charliton Machado disse que “é preciso dar celeridade a este rumoroso caso em que o ex-candidato ao Governo e atual senador é acusado em ação do Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro e relação promiscua do Estado com agentes privados prestadores de serviços” – afirmou ele, acrescentando que “embora haja toda a gravidade, o juiz Sérgio Moro resolveu secundarizar a atenção processual, resultado por temermos a prescrição, como acontece nos processos do PSDB, estamos agindo pedindo celeridade”.
Ele afirmou ainda que “é preciso que a sociedade brasileira conheça a verdade política do atual senador, que pousa de homem decente acusando o PT de ser organização criminosa, algo que jamais será, como ele já mereceu cassação de mandato por crime eleitoral, e agora precisa se explicar sobre ação criminal do Ministério Público por lavagem de dinheiro, aliás com R$ 400 mil voando de um edifício em João Pessoa dai o nome Caso Concorde”.
A reportagem do Portal WSCOM procurou a assessoria de imprensa do senador, que disse estar acionando a assessoria jurídica para se pronunciar.
Brasil 247
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