Confira lista com 10 importantes cronistas brasileiros
Os escritores se destacaram pela variada produção literária
Severino Francisco , Nahima Maciel
Machado de Assis
O Bruxo de Cosme Velho tem lugar garantido em uma selação dos cronistas brasileiros. Ele molhava a sua pena na tinha da melancolia e na tinta da galhofa. Tido, equivocadamente, como alienado das questões sociais de seu tempo, ele abordou, ironicamente, os descalabros da política, a infâmia da escravidão e as mazelas sociais do século 19, com um olhar oblíquo e dissimulado.
Lima Barreto
Ele é, em certo sentido, o anti-Machado de Assis, a quem recriminava como "autor para moças prendadas". Lima Barreto assumia a condição de "mulato, pobre e livre". Com um estilo direto e coloquial, ele criticou, com observações de senso crítico agudo, as desigualdades sociais do século 19. Exercitava o artigo leve na forma, mas incisivo no conteúdo.
João do Rio
O nome verdadeiro dele era João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto. Esquadrinhou o Rio de Janeiro, com instinto de repórter, a errância do boêmio e o instinto do repórter. As suas crônicas são carregadas de finas observações e lirismo requintado.
Cecília Meireles
A poesia de Cecília é pura música. E ela imprimiu as qualidades de sua poesia na vasta obra de cronista espalhada pelos jornais. A sua prosa é marcada pelo ritmo, a musicalidade e o lirismo delicado.
Rubem Braga
Despretensiosamente, ele promoveu sozinho uma espécie de Semana de Arte Moderna na crônica ao radicalizar na subjetividade e inventar novas maneiras de cultivar o gênero: a carta, a divagação vagamente filosófica, o poema em prosa. Guimarães Rosa dizia que os escritores deviam construir catedrais e não fazer biscoitos, mas se rendeu aos biscoitos finos produzidos por Rubem Braga para os jornais, em dramática contagem regressiva contra o ponteiros dos relógios.
Nelson Rodrigues
Reconhecido na condição de mais importante autores do teatro brasileiro, Nelson é, também, um dos mais inspirados cronistas tanto no campo dos costumes, da cultura quanto do futebol. Dramaturgo da cabeça aos sapatos, ele promove uma mistura desconcertante de drama e humor contundente. Ele inovou o gênero ao inventar personagens célebres tais como O Idiota da objetividade, O Cretino Fundamental, A Granfina com Narinas de Cadáver, o Sobrenatural de Almeida e o Gravatinha.
Paulo Mendes de Campos
Ele tinha pretensões de ser poeta, considerava a crônica um ofício menor, mas acabou se transformando em um dos melhores cronistas brasileiros, com um texto elegante, fluído e lírico.
8, Clarice Lispector
Ao comentar as crõnicas de Clarice Lispector, Rubem Braga dizia que ela "só era boa em livro". Mas o mestre do gênero se equivocou. Não percebeu que ela inventou uma espécie de subgênero dentro do gênero: a crônica metafísica. A partir de situações triviais, Clarice pode lançar o leitor a grandes voos de lirismo. Como ela mesma disse, a beleza é o nosso elo com o infinito.
9, Carlos Drummond de Andrade
O mais importante poeta brasileiro também merece figurar na seleção dos cronistas. A sua produção é vasta e desigual. Drummond guardava o essencial para a poesia, mas escreveu belíssimas crônicas, em um estilo, ao mesmo tempo, moderno e clássico, quase machadiano. Inovou no gênero ao fazer crônicas em versos, reunidas na série Versiprosa.
10, Vinicius de Moraes
Como tantos outros nomes de primeira linha do modernismo brasileiro, Vinicius de Moraes escreveu crônicas para garantir a sobrevivência. Sem chegar a ser um cronista original, ele desfilou a condição de craque com um estilo impecável, combinando leveza , senso de humor e lirismo.
Correio Brasiliense
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Principais cronistas e suas obras
Machado de Assis:
Crônicas; Crônicas de Lélio; Comentários da Semana; Ao Acaso.
Clarice Lispector:
Contos, Crônicas e Novelas; Visão do Esplendor; Para Não Esquecer Nunca; Clarice na Cabeceira.
Carlos Heitor Cony:
Da Arte de Falar Mal; O Ato e o Fato; Posto Seis; Os Anos Mais Antigos do Passado; O Harém das Bananeiras; O Suor e a Lágrima; O Tudo ou o Nada; Para Ler na Escola.
Carlos Drummond de Andrade:
Para Gostar de Ler – Volume 1 – Crônicas 1; Lição de Coisas; Os Dias Lindos; Boca de Luar; Amor Natural.
Fernando Sabino:
As Melhores Crônicas de Fernando Sabino; A Cidade Vazia; O Homem Nu; A Mulher do Vizinho; A Companheira de Viagem; A Inglesa Deslumbrada; Deixa o Alfredo Falar!; A Falta que Ela me Faz.
Rubem Braga:
O Conde e o Passarinho; O Morro do Isolamento; Ai de Ti, Copacabana; A Traição das Elegantes; As Boas Coisas da Vida; O Verão e as Mulheres; Uma Fada no Front; O Menino e o Tuim.
Paulo Mendes Campos:
O Cego de Ipanema; Homenzinho na Ventania; O Colunista do Morro; Hora do Recreio; O Anjo Bêbado; O Amor Acaba; Cisne de Feltro; Balé do Pato e Outras Crônicas.
Affonso Romano de Sant'Anna:
A Mulher Madura; Como Andar no Labirinto.
Nelson Rodrigues:
O Óbvio Ululante: Primeiras Confissões; A Cabra Vadia; O Remador de Ben-Hur; A Pátria Sem Chuteiras; A Mulher do Próximo; O Berro Impresso nas Manchetes.
Lêdo Ivo:
A Cidade e os Dias; O Navio Adormecido no Bosque; As Melhores Crônicas de Lêdo Ivo.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis#Obras
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_obras_de_Clarice_Lispector
http://www.claricelispector.com.br/2012_Claricenacabeceira_jornalismo.aspx
https://www.skoob.com.br/livro/4256-cronicas-1
http://www.girafamania.com.br/artistas/personalidade_carlosdandrade.html
http://www.releituras.com/pmcampos_bio.asp
http://www.lpm.com.br/site/default.asp?Template=../livros/layout_produto.asp&CategoriaID=647372&ID=912804
Info escola
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Cronistas do Brasil
Antônio Prata
Benjamim Costallat
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Heitor Cony
Clarice Lispector
Dinah Silveira de Queiroz
Domingos
Eliane Ganem
Emídio Brasileiro
Fernando Sabino
Fernanda Takai
Luís Fernando Veríssimo
João do Rio
Kátya Chamma
Luís Fernando Veríssimo
Machado de Assis
Manuel Antônio de Almeida
Manuel da Fonseca
Menotti del Picchia
Marcelo Mirisola
Martha Medeiros
Miguel Sousa Tavares
Mario Prata
Millôr Fernandes
Miguel Falabella
Paulo Mendes Campos
Rachel de Queiróz
Rubem Braga
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Wikipédia
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