Vivemos sempre tão centrados em nós mesmos que não conseguimos ver problemas que afligem nossos irmãos. Por exemplo, como se sentem as pessoas que sofrem de surdez. Não há na sociedade brasileira preocupação com as dificuldades que a surdez causa aos portadores dessa deficiência. Uma delas é a dificuldade de tratar com os bancos. Não há, por parte dos banqueiros, alguns cuidados muito simples, que facilitariam o trabalho das pessoas com limitações ou impedimentos auditivos nas agências bancárias. Elas reclamam especialmente da falta de instruções escritas a respeito dos procedimentos a seguir, o que lhes permitiria realizar suas transações financeiras sem necessidade de diálogo gritado, que dificulta a comunicação e, além disso, cria uma situação incômoda, pois anuncia a todos os presentes a deficiência desse cliente. A reclamação é muito justa e se soma à das pessoas cegas, que reclamam instruções em braile. O que custa atender a reivindicações assim tão modestas? Precisamos humanizar a nossa sociedade. Não é possível continuar massacrando pessoas pobres, negras, portadoras de deficiências. Não é possível continuar massacrando todos aqueles brasileiros e brasileiras que não estão totalmente aparatados para entrar nessa guerra de foice que caracteriza nossas relações sociais. Correio da Cidadania |
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Surdos, Cegos: Realidades ocultas
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