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Marcelo Deda, Governador de Sergipe |
Reunindo lideranças de 24 Estados brasileiros, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou um ato em defesa da reforma agrária na noite da última segunda-feira, 6, no auditório Pedro Braz, do Instituto Federal de Sergipe, em Aracaju.
Na composição da mesa de discussões do evento, se encontravam nomes da política nacional – a exemplo do presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão –, da política estadual, municipal, de movimentos apoiadores e da própria direção do MST.
A abertura do ato foi realizada por Jairo Amorim, da direção nacional do movimento. “Foram tantas as derrotas e tantas as vitórias que, talvez, nó não precisássemos falar da importância da reforma agrária”, afirmou.
Amorim fez comentários a respeito da situação atual da reforma, que avaliou como um momento de desmobilização – mas declarou que considera a necessidade de reorganização “atual”.
Dentre os motivos apresentado por ele, estaria a a produção de alimentos por pequenos produtores, o que geraria negócios menos impactantes ambientalmente, além da redução de problemas urbanos, como a violência, a partir do direito à terra. Para o manifestante, o movimento deve ser visto como uma maneira de produzir um “desenvolvimento integrado”. Amorim elogiou iniciativas estaduais de reforma agrária em Sergipe, mas frisou que ela deve continuar a ter um caráter de projeto nacional.
Presente nos primeiros momentos da reunião, o governador do Estado de Sergipe, Marcelo Déda, concordou com Amorim nesse último ponto – e afirmou que a diluição da reforma seria um “erro político”. Segundo ele, no entanto, isso não livraria as esferas estaduais e municipais de algumas responsabilidades. “Nós precisamos encontrar o nosso papel”, disse.
“A reforma agrária é um instrumento para acabar com a exclusão social”, avaliou Déda. “O MST é um movimento civilizador. Eu sei o papel que o movimento teve par devolver esperança para homens e mulheres que estavam à margem da sociedade. É um movimento legítimo e um interlocutor necessário”, comentou o governador.
Ele afirmou que sua presença no evento significa a manutenção de um diálogo com o movimento. “Eu não tenho a ilusão de que é um diálogo sem conflito. Nós temos divergências. Mas nós não abrimos mãos de buscar compreender o papel de cada interlocutor e dessa compreensão superar impasses e edificar uma agenda positiva a favor da reforma agrária”, expôs.
Infonet.com
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