sábado, 8 de outubro de 2016

O sonho está vivo: transformar o Brasil numa nação justa e democrática


Um partido pode se esfacelar diante de erros e crimes de seus membros. Mas uma ideia, não. 

Líderes, falsos ou verdadeiros, caem a toda a hora. Mas uma ideia, não. 

E a ideia da luta por justiça social e dignidade e o combate à desigualdade nas grandes cidades e no campo – que norteia historicamente a esquerda – segue viva com movimentos, coletivos e organizações. Da mesma forma está a luta pela democratização da sociedade e da política.

PT, outros partidos, movimentos sociais e sindicatos historicamente ligados ao projeto de transformação social serão capaz de voltar à base e às suas demandas ?

Diante da derrota, o PT e os movimentos a ele relacionados devem fazer sua autocrítica, reformularem-se. Sectarismo, parasitismo governamental, clientelismo em vez de formação de cidadãos devem ser abandonados em favor da qualificação política dos cidadãos, de sua organização autônoma, com democracia interna e abertura para compor frentes progressistas. Os equívocos das organizações impregnarão a sociedade que querem construir. E se perpetuarão.

Os direitos que foram conquistados podem ser perdidos, junto com dignidade e liberdade. Por isso a ideia de diálogo é tão importante. Precisa estar viva, nas ruas, nas conversas de bar, na grande política do nosso cotidiano e na pequena política dos parlamentos, gabinetes e tribunais. Ela que fará com que os diferentes não se odeiem e com que, ao final de contas, a barbárie da intolerância não triunfe.

Assim é possível: a esquerda no Brasil conseguirá se organizar e será capaz de fazer frente ao desafio de atuar na sociedade civil e, ao mesmo tempo, disputar as prioridades do Estado, na luta parlamentar, de forma partidária.

P.S.: Interpretação livre, sintética e infiel de:
Eleições 2016: A esquerda não está morta. Mas não será mais a mesma;  Leonardo Sakamoto

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