Certamente ainda é possível. O quadro atual, como tenho dito, nos é bastante desfavorável. Desde que comecei a pensar a política, já lá se vão mais de 40 anos, nunca a conjuntura foi tão desfavorável à esquerda quanto nesse último período.
Mas já houve outras épocas históricas, antes destes meus 40 anos de militância e reflexão, em que as coisas foram ainda piores.
Imagine o que sentia uma pessoa de esquerda quando quase toda a Europa estava ocupada pelas tropas nazistas, as quais, entre outros avanços, chegaram a até 40 quilômetros de Moscou.
Houve então momentos profundamente negativos, em que a barbárie (em sua forma cruamente nazista) parecia ter triunfado.
Mas o fato é que o nazismo foi derrotado em pouco mais de cinco anos. Há esperanças, portanto, de superarmos mais uma vez a barbárie.
Mas, para isso, é preciso que lutemos contra ela, tal como os povos lutaram contra o nazismo.
Mas o fato é que o nazismo foi derrotado em pouco mais de cinco anos. Há esperanças, portanto, de superarmos mais uma vez a barbárie.
Mas, para isso, é preciso que lutemos contra ela, tal como os povos lutaram contra o nazismo.
A vitória contra a barbárie não será resultado de uma fatalidade histórica. Ao contrário: a barbárie é o que nos espera, ou o que já nos atinge, se cruzarmos passivamente os braços.
A alternativa com que nos defrontamos continua a ser o dilema formulado por Rosa Luxemburgo: socialismo ou barbárie.
Cabe-nos reinventar aquele socialismo que, adequado ao século
XXI, nos livrará da barbárie na qual estamos cada vez mais envolvidos.
Intelectuais, luta política e hegemonia cultura
Entrevista de Carlos Nelson Coutinho a Dênis de Moraes*
Revista praiavermelha / Rio de Janeiro / v. 22 no 2 / p. 87-100 / Jan-Jun 2013
XXI, nos livrará da barbárie na qual estamos cada vez mais envolvidos.
Intelectuais, luta política e hegemonia cultura
Entrevista de Carlos Nelson Coutinho a Dênis de Moraes*
Revista praiavermelha / Rio de Janeiro / v. 22 no 2 / p. 87-100 / Jan-Jun 2013
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