Walter Santos
O mundo político brasileiro de uma forma geral, e o paraibano em particular, convivem desde pouco tempo com uma nova realidade de força e encaminhamento ao avesso do que se vinha assistindo como fruto de Políticas socializantes, de verdadeira inclusão social construindo o que se convencionou de redução das desigualdades sociais.
Era tudo o que não se experimentava há muito tempo. Mas, como diria minha vó Zeferina, o que é bom dura pouco.
A IMPIEDOSA CAMPANHA ANTI-PT
Desde 2014, logo após a vitória alertada de Dilma Rousseff pôs-se em execução a mais consistente e determinada aliança entre setores da sociedade à direita, do Congresso Nacional, do Judiciário, Ministério Público Federal, PF - todos sob o comando da Grande Mídia, em especial da Rede Globo, e financiamento do Capital local e de fora conseguiram acabar com a expectativa do saldo do PT de Lula e Dilma.
A "onda moralizante" brotada deste tempo então, através do Mensalão e Lava Jato, explodindo a mente e inconsciente coletivo de punição antecipada ao PT excluindo os demais partidos e lideranças resultou no que apresentou as urnas dia 2 de outubro de 2016: o escárnio contra o PT.
O CASO DA PARAÍBA
Desde os anos 80, quando da fundação do PT, a Paraíba convive com nomes ascendentes de biótipo e perfil longe da cultura predominante de se ter a Política exercida só por gente da classe média para cima da sociedade.
De Derly Pereira para cá passando por possibilidades não concretizadas por intermédio de Chico Lopes, Luiz Couto, Avenzoar Arruda até a consolidação de Ricardo Coutinho - este eleito já fora do PT - e Luciano Cartaxo, no caso na legenda - este é um processo de saldo vitorioso.
Mas, como a vitória de Pirro, venceu, mas não levou. As fases seguintes foram de implosão de significado porque os dois líderes emergidos do PT saíram da legenda.
O RECOMEÇO DO SINDICALISMO
O PT com a ascensão de Lula conseguiu se abrir, tanto que tem em seus quadros gente do perfil empresarial de Nelson Lira, personagem do segmento inimigo histórico dos trabalhadores, o empresariado.
Outros foram para o PT pensando em se beneficiar e se beneficiaram, mas logo deixaram o partido.
Só que, diante da maior perseguição da história, o PT local se viu acossado com seu drama de consciência e necessidade de sobreviver e, em 2016, optou por uma candidatura na Câmara Municipal vinculada ao movimento de trabalhadores abandonando a luta burguesa de Fuba, único vereador corrente e corajoso a ficar no PT, mas tragado pelo espírito de corpo do petismo.
De agora em diante, ainda sob efeitos da campanha positiva de Charliton Machado, o PT segue a luta de sempre precisando se reinventar, agora com o SINDICALISMO tendo de rever seus conceitos e táticas para se atualizar na vida social presente, cuja base dos conflitos muito está no velho Karl Marx de guerra nos tempos de hoje.
O PT esta no divã.
WSCOM
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