Zumbi , Tiradentes.
O Cristo Crucificado
o Trabalhador por sua gente
O Cristo Crucificado
JOÃO PEDRO TEIXEIRA
UM CABRA MARCADO PARA MORRER
04-03-1918---02-04-1962
Foi o Cabra Marcado, pra morrer lá no sertão.
Humilde mais determinado, resistia a exploração.
Nossa História Brasileira, o povo cumpre o dever.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
História de Heroismo, de martírio e abnegação.
A existencia do Humanismo, e da crucificação.
A maldade derradeira, é o Cristo no seu sofrer.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Em Pilõezinho nascido, município de Guarabira.
Um trabalhador querido, que a gente tanto admira.
Um Anjo Justiceiro, ao Trabalhador rural defender.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Em Massangana criado, em Cruz do Espírito Santo.
Com o seu sonho sonhado, vida amor e todo encanto.
Em Café do Vento Pedreira, Elisabete fez conhecer.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Em engenho trabalhou, e não gostou da exploração.
Foi Massangana e não ficou, recebeu a demissão.
Foi trabalhar em Pedreira, em Jaboatão a aprender.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Muita injustiça Sofreu, toda ameaça e desacato.
Apanhou e aprendeu, foi Presidente de Sindicato.
Viu a penúria verdadeira, desempregado a sofrer.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Fundou a Liga Camponesa, em Sapé na Paraíba.
Trabalhadores uma beleza, por vida mais bonita.
Da Esperança altaneira, no existir melhor fazer.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
As Ligas de Pernambuco, no Nordeste espalhou.
Camponês não é maluco, e mundo melhor sonhou.
De Vida mais alvissareira, comida pros filhos ter.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Vida que não se aguenta, do povo pobre a penar
Desde os anos cinquenta, as ligas a conscientizar.
Uma razão companheira, mundo melhor conceber.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Reforma agraria defendia, e presença do Estado.
Humanidade e Cidadania, Trabalhador respeitado.
Todas condições obreiras, pra vida a pena valer.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Preto pobre e teimoso, todo amor e disposição.
Tinha o dom maravilhoso, cada um era irmão.
Só rapadura e farinha, com a piaba pra comer.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Toda luta vai aumentar, também a organização.
Só Justiça pra aplacar, precisa de transformação.
Na esperança alvissareira, a liga fazendo crescer.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Orgulhava os trabalhadores, com palavras de Fé.
Associação dos Lavradores, Agrícolas de Sapé.
Era a Liga sobranceira, Camponeses a defender.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Tantos tiros na parede, e dão tiros em todo lado.
Repressão de ódio e sede, num assédio tão danado.
Da ameaça mais rasteira, tanta exibição de poder.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
A Elisabete perguntava, se morresse o que faria.
Ela dizia que continuava, a Luta não interromperia.
Chegava a hora derradeira, e não podia esmorecer.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Por despejo processado, lhe fizeram horas espera.
Para poder ser emboscado, para poderem lhe matar.
Uma Crucificação traiçoeira, fizeram lhe submeter.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
O peito forte estragado, foice ao invés de fuzil.
No crime ali perpetrado, mataram o nosso Brasil.
Irmão da alma Guerreira, por justiça a se oferecer.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
De balas um corpo cravado, Zumbi ou Tiradentes.
O Cristo Crucificado, o Trabalhador por sua gente.
A nossa Raça Brasileira, em martírio para se ver.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
Elisabete na dor chorando, jura a luta continuar.
Eduardo Coutinho Filmando, combinam divulgar.
O Golpe Militar trapaceiro, chega pra tudo prender.
João Pedro Teixeira, o cabra marcado pra morrer.
O Tempo triste vai passar, a esperança vai ressurgir
Cada coração a pulsar, é cabra marcado a insurgir.
Misericórdia Justiceira. Faz o sonho amigo reviver.
João Pedro Teixeira, tá na Eternidade por merecer.
Azuir Filho e Turmas: Do Social da Unicamp e, de Amigos, de: Rocha Miranda, Rio, RJ e, de Mosqueiro, Belém, PA.
Poesia de Homenagem a João Pedro Teixeira o Presidente da Associação dos Lavradores Agrícolas de Sapé, conhecida pelo nome de “Ligas Camponesas de Sapé”, foi fundada, tendo João Pedro como vice-presidente. Ele também representava 14 Ligas Camponesas, na Federação das Liga Camponesas da Paraíba, da qual também era vice-presidente, A Liga Camponesa atingiu mais de 10 mil associados e os latifundiários tramaram e executaram a sua morte. João Pedro Teixeira era caseiro de um sitio, e foi demitido com processo para deixar a casa de caseiro onde residia com seus 11 filhos. No dia 2 de abril de 1962, João Pedro foi ao Tribunal em João Pessoa, por causa do seu processo de despejo; fizeram ele esperar até tarde e chegando tarde no último ônibus, foi morto com 3 tiros nas costas. Crime planejados por Antônio Vítor, Agnaldo Veloso Borges e Pedro Ramos Coutinho, que confessou o Cabo Chiquinho que com dois capangas.fez esse crime hediondo. Foi um Homem simples e cheio de amor, acordava de madrugada e ia abraçar seus 11 filhos amados. É um Herói Nacional que Orgulha a Classe dos Trabalhadores. Um Homem Universal, Acreditava numa Sociedade Justa e igualitária como Jesus pregava de Amor, Partilha e Comunhão. João Pedro Teixeira, na Eternidade por Merecimento e Amor.
DIREITOS RECONHECIDOS E AGRADECIDOS
COM AMOR E ORGULHO POR NOSSA GENTE.
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Sobre a obra
Obra de Louvor a João Pedro Teixeira, personagem do filme O Cabra Marcado para Morrer, Criou o Sindicato dos Operários de Pedreiras e foi o Presidente da Liga Camponesa de Sapé na Paraíba, incrementou o movimento Camponês do Nordeste com milhares de associados para as Ligas Camponeses. Fez encontros com líderes como Nego Fubá (João Alfredo Dias) e Pedro Fazendeiro (Pedro Inácio de Araújo) desaparecidos políticos do Regime Militar de 1964.
Casado com Teresa Teixeira, que na sua morte assumiu a Liderança da Liga, reativou o Movimento contra o latifúndio. O Cineasta Eduardo Coutinho identifica a Natureza Santa de Elisabete, e filmam a História do Márti Herói “O Cabra Marcado para Morrer” o Golpe Militar de 1964, todo mundo é perseguido e fogem da repressão instalada, na ilegalidade. Encontram-se em 1984, no fim da Ditadura Militar já afundando na dívida e sem apoio dos EUA que não mais a queriam.
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