Bancadas sindical e de movimentos sociais na Câmara perdem 50% dos deputados
Nivaldo Souza e Bernardo Caram
Custo elevado das eleições este ano levou as bancadas ligadas à bandeira sindical e aos movimentos sociais uma redução de 50%
BRASÍLIA O custo elevado das eleições neste ano levou as bancadas de deputados federais ligadas à bandeira sindical e aos movimentos sociais a uma redução de 50% em número de parlamentares. O grupo sindical da Câmara deve ser reduzido de 83 para 40 deputados, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
O diretor do Diap, Antônio Augusto Queiroz, avalia que parte desse resultado se deve ao alto custo das campanhas nos Estados. Ele calcula em R$ 3 milhões o valor médio gasto por cada deputado para se eleger no País os senadores gastaram, na média, R$ 5 milhões cada.
O Diap está mapeando também uma redução no número de deputados ligados a movimentos sociais, que perderam força nas urnas no pleito desse domingo (5). Os números finais do tamanho que a bancada terá em 2015 está sendo finalizado pelo departamento. "A bancada vinculada aos movimentos sociais caiu pela metade", diz.
Segundo ele, o custo da campanha e o enfraquecimento das pautas desse segmento, parcialmente atendidas pelo governo do PT, explicam a redução.
"Talvez isso se explique em decorrência dos custos de campanha que são muito elevados e do pouco engajamento dos próprios movimentos no sentido de eleger bancadas mais significativas, já que nos últimos 12 anos houve uma coincidência da pauta do governo com os interesses dos movimentos", afirma.
Educação. Especialista em atividade parlamentar, o Diap é uma assessoria ligada ao sindicatos. O departamento identificou que a divisão da bancada da educação será mantida na legislatura que assume na Câmara a partir de fevereiro de 2015.
Esse grupo de parlamentares se dividem, de acordo com Queiroz, entre os que defendem educação totalmente privada, ou mantida pelo Estado ou filantrópica.
A mesma divisão é tendência da bancada da saúde. "Esses grupos só se entendem sobre um assunto: o aumento de verba para educação e saúde", observou.
Estadão
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