Começo com uma notícia boa ou má, dependendo do lado que se enxergue. Neste espaço você nunca lerá nada que seja necessariamente agradável e afague seu ego. Tampouco nada obrigatoriamente desagradável para mostrar “independência”. A ambição é bem menor: dizer a verdade, desde que ancorada no mundo real. Não falo para convertidos por antecipação, nem para preconceituosos de ofício.
Por exemplo: a última eleição presidencial no Brasil foi uma fraude. Isto está comprovado. O líder disparado nas pesquisas foi trancafiado com base num processo condenado internacionalmente. O “ vencedor” valeu-se de um esquema gigantesco de manipulação demonstrado mesmo pela mídia tradicional. Agora apareceu até um motorista, figura que já se tornou tradicional nos escândalos locais –lembrai-vos de Eriberto França da era Collor.
Jair Bolsonaro, portanto, é um embuste. Não vou desperdiçar a atenção de vocês relembrando as irregularidades em série cometidas por ele, desde a época em que era militar da ativa até sua atuação como “parlamentar”.
Respira politicamente graças ao foro privilegiado. Para mim, sempre será um presidente ilegítimo. Sérgio Moro transgrediu a lei enquanto juiz. O novo hiper ministro da Justiça grampeou ilegalmente conversas de uma presidenta da República. Para não perder tempo com o resto – embora estejamos todos sob o domínio do resto –, vamos resumir: o Brasil vive sob estado de exceção. Pior. Sob a vigília de militares cujo principal cartão de visitas repousa na intervenção desastrosa no Haiti.
Augusto Heleno, outro homem forte de Bolsonaro, gastou mais de 20 mil projéteis para oficialmente matar três criminosos em Port-au-Prince. Até hoje os haitianos contam quantas centenas de vítimas a ação produziu e a “imprensa” escondeu. Heleno considera aquele tipo de operação um sucesso, exemplo a ser repetido no Brasil.
Por razões do destino, sou jornalista há mais de quarenta anos. A providência divina nada tem a ver com isso, pois sou ateu praticante e irreversível. Graças a deus, com caixa baixa e alguma ironia. Neste período, você nunca vai encontrar qualquer desmentido ao que eu tenha escrito. Isso não me faz especial, apenas atesta o apego aos fatos. Se não tenho certeza, prefiro ficar calado a espalhar mentiras ou meias-verdades –no fundo, a mesma coisa.
Não pertenço ao 247, assim como a qualquer partido. Após anos na “grande imprensa”, recentemente meu posto de maior visibilidade foi o de último presidente legítimo da Empresa Brasil de Comunicação. De lá fui apeado por um “ato institucional” de Michel Temer. Desde então, a EBC – uma iniciativa revolucionária num país como o Brasil – transformou-se em porta-voz de golpistas e abrigo de funcionários amedrontados pela censura interna. Atualmente, trabalho gratuitamente como âncora do programa Contraponto, na rádio Trianon AM 740, São Paulo – no facebook, o endereço é programacontrapontotrianon.
Meu compromisso é com a democracia, a justiça social, as liberdades, a soberania do povo e o direito dos cidadãos. Por isso aderi ao projeto Jornalistas pela Democracia. Sempre lembrando: tudo o que for escrito abaixo e acima de minha assinatura é de minha integral responsabilidade. Seja sobre Bolsonaro, Moro, Lula e o que mais for.
Fonte: Brasil 247
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