Na Venezuela, o novo modelo de golpe midiático-judicial não pôde ser aplicado porque, antes de morrer, Hugo Chávez tomou duas providências cruciais: aparelhou o poder judiciário e politizou os pobres.
Goste-se ou não dessas medidas, elas estão na base da resistência do governo Maduro às investidas das mesmas forças reacionárias que derrubaram os presidentes de Honduras, Paraguai e Brasil - e se mantêm em armas contra todo governo que ouse ser popular, na América Latina.
Na Venezuela, diante da resistência do governo, a direita local apelou para a velha fórmula de asfixiar a economia, com redução artificial de oferta de alimentos e bens de consumo, para gerar o caos. Exatamente como fizeram com Salvador Allende, no Chile, no início dos anos 1970.
O resultado foi a ditadura genocida do general Pinochet e a entrega das riquezas chilenas a companhias dos Estados Unidos e da Europa.
Então, antes de condenar a reação de Maduro às manifestações financiadas por empresários fascistas, pense que, lá, como aqui, não tem ninguém preocupado de verdade com corrupção e liberdades democráticas.
O que os fascistas venezuelanos querem é colocar a mão de volta no oceano de petróleo que existe em baixo do país.
E voltar a passar os feriados em Miami.
Brasil 247
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