segunda-feira, 3 de setembro de 2018

A derrota eleitoral das candidaturas do golpe será desenlace extraordinário e espetacular


Valerio Arcary

Claro que uma derrota eleitoral das candidaturas do golpe – Bolsonaro, Alckmin, Marina Silva, Meirelles, Álvaro Dias, Amoêdo - seria um desenlace extraordinário e muito positivo. Na verdade, seria espetacular e surpreendente. Seria espetacular porque teria alguma justiça poética. Afinal, teria sido muito previsível uma derrota eleitoral do PT em 2018, se o governo Dilma Rousseff tivesse cumprido seu mandato até o fim, em função tanto do agravamento da recessão prolongada iniciada em 2014, quanto da repercussão da Lava Jato.


Seria, também, de alguma maneira, surpreendente, porque confirmaria que a rejeição a Temer, e ao campo político que defende a continuidade de seu programa, depois de dois anos no poder, é maior do que a rejeição ao PT.

Mas, ainda que considerando que este desenlace teria como consequência uma elevação do ânimo na classe trabalhadora, e um previsível desnorteamento, pelo menos temporário da classe dominante, do que decorreriam condições mais favoráveis de luta, isso não permite concluir que um futuro governo do PT corresponderia, diretamente, a uma anulação da obra do golpe. Quem acredita nisso ainda não entendeu, realmente, o lugar da direção do PT na história recente do Brasil. Seria, todavia, um cenário mais favorável, mas somente o início de uma nova conjuntura de luta.

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