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O Dia
Espanha - Os partidos políticos espanhóis analisam nesta segunda-feira os resultados das eleições municipais e regionais deste domingo que impuseram uma alteração importante de poder nas instituições locais. Um dos principais focos de interesse foi o êxito das chamadas candidaturas cidadãs, com representantes de movimentos sociais e cívicos e que tiveram seu maior êxito nas Prefeituras de Madri e Barcelona, que previsivelmente, às custas de pactos, serão dirigidos pela ex-juíza Manuela Carmena e a ativista Ada Colau, respectivamente.
O governante Partido Popular (PP, centro-direita), que até agora estava à frente da maioria das regiões e de um grande número de Prefeituras, perderá a maior parte de seus domínios se as forças de esquerda se unirem. Os populares ganharam as eleições municipais, com algo mais de 27%, dois pontos a mais que os socialistas (PSOE), mas perderam dez com relação ao pleito de 2011, e isso culminará na perda de municípios e regiões.
O PP foi a força mais votada em muitas delas, mas a soma dos socialistas e do partido emergente Podemos fará com que várias instituições saiam do poder. O outro partido novo, Ciudadanos (liberais centristas) poderia fazer com que o PP mantivesse algumas instituições, como o governo da região de Madri, mas não será tão decisivo como algumas enquetes apontavam antes da reunião eleitoral.
O número três do partido, Carlos Floriano, declarou nesta segunda que a Espanha terá que "se acostumar" com as "coabitações" entre diversas forças.
O cenário que é mais latente é o dos pactos, algo pouco habitual na política espanhola e isso em um ano no qual estão previstas para novembro as eleições legislativas que renovarão o parlamento nacional. O PP reunirá na tarde desta segunda-feira seu órgão diretor, perante o qual discursará o presidente do Governo, Mariano Rajoy.
No PSOE, seu secretário de Organização, César Luena, assegurou que seu partido facilitará a formação de governos de esquerda em municípios e regiões para responder à demanda de mudança que os cidadãos expressaram nas urnas. O líder do Podemos, Pablo Iglesias, assegurou que seu partido está em posição de disputar a vitória nas próximas eleições gerais e disse que têm a "mão estendida" para negociar com qualquer força sempre que se dê um giro de 180 graus às política de cortes. Enquanto isso, o presidente do Ciudadanos (partido político), Albert Rivera, disse que com as eleições deste domingo seu partido sentou as bases para dar o salto à política nacional nas próximas eleições gerais.
Com informações da EFE
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