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Foi à luz do dia que o líder camponês Edmilson Alves da Silva foi baleado por dois pistoleiros armados que andavam de moto pela zona rural do município de Japaratinga, litoral alagoano. Ainda que recebendo três disparos na cabeça, Edmilson conseguiu correr e se esconder em um barraco próximo a onde foi baleado. Contudo, não resistiu aos ferimentos e veio a falecer logo após ser baleado.
O atentado ocorreu na manhã da última sexta-feira (22), no assentamento Irmã Daniela, zona rural de Japaratinga, quando o líder camponês se preparava para ir a Maceió para participar de uma reunião onde tratariam de temas relacionados à questão camponesa no estado, como assistência a assentamentos, terras ocupadas por posseiros, assistência técnica a camponeses assentados, e para buscar cestas básicas para famílias camponesas assentadas.
Após seu assassinato, os lavradores do assentamento iniciaram imediatamente uma manifestação pela rodovia AL-101, marchando até a sede municipal de Japaratinga para denunciar o assassinato de Edmilson por pistoleiros.
Edmilson Alves da Silva tinha 35 anos e era uma das principais lideranças do Movimento de Libertação dos Sem Terra – MLST no estado de Alagoas. De acordo com informações concedidas por lavradores da região, aquele cumpriu papel de enorme importância em ocupações de fazendas improdutivas, na denúncia de arbitrariedades e crimes ambientais praticadas por fazendeiros locais. Era também presidente do assentamento Irmã Daniela, agindo de forma destemida pela zona da mata alagoana, mesmo tendo em conta os grandes perigos que a militância no movimento camponês causaria.
A execução de Edmilson Alves pela pistolagem foi uma enorme perda não apenas para o MLST, como para todo o movimento camponês alagoano.
MLST
Nova Cultura
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