Michel Zaidan Filho
Dois episódios reforçaram muito, nesta última semana, a hipótese já manifestada por outros estudiosos e analistas da política brasileira de que vivemos num “Estado de Exceção”.
A expressão, criada pelo jurista alemão Karl Schimdt no contexto da situação política alemã, tinha sido empregada pela minha amiga e professora de Direito, Lianna Cirne, quando da repressão militar aos movimentos de rua no Brasil em 2013. Num debate, na Faculdade de Direito do Recife, Liana falou em “Estado de Exceção episódico”, referindo-se naquela ocasião à repressão seletiva aos negros, pobres, trabalhadores e opositores da situação política vigente no País. Depois, essa expressão veio à baila a propósito do golpe parlamentar que afastou a Presidente Dilma do cargo. Nesse então, um conhecido eminente professor e assessor da Presidência da faculdade Maurício de Nassau fez uma defesa teórica e política do golpe parlamentar, apoiando-se na doutrina do “decisionismo político”, e, Karl Schimdt e no “Estado de Exceção”, para justificar o golpe. Naquele momento, recebi de sua distinta pessoa as gentis e corteses palavras de “tacanho” e “atrasado”, por ter criticado a sua defesa de um “Estado de Exceção” entre nós. Agora, depois de duas recentes decisões sobre o atual mandatário do País e seu compincha Aécio Neves, veio à tona outra vez o conceito schmidtiano.
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terça-feira, 17 de outubro de 2017
segunda-feira, 17 de julho de 2017
"Hoje, sou eu; vocês, amanhã”
Jaldes Meneses
Duas explicações da vitória de Temer na CCJ: 1) Pra variar, Temer abriu, despudoradamente, a caixa de ferramentas - liberação de 50% mais, em volume e valor, de emendas parlamentares em relação ao primeiro semestre do ano passado. Não falta espertise no assunto ao nosso presidente; 2) Muito mais importante. Temer, fazendo jus à origem pemedebista , está sabendo capitalizar o "esprit de corps" dos deputados, sintetizado na senha/apelo "eu posso ser você amanhã”. Eduardo Cunha, fazendo as vezes de um Danton do baixo clero, já havia antecipado a senha ano passado, ao se defender no plenário da câmara, lembram-se?: "Hoje, sou eu; vocês, amanhã”. Temer virou muro de proteção. Hoje é Temer, amanhã pode ser… Agnaldo Ribeiro.
Duas explicações da vitória de Temer na CCJ: 1) Pra variar, Temer abriu, despudoradamente, a caixa de ferramentas - liberação de 50% mais, em volume e valor, de emendas parlamentares em relação ao primeiro semestre do ano passado. Não falta espertise no assunto ao nosso presidente; 2) Muito mais importante. Temer, fazendo jus à origem pemedebista , está sabendo capitalizar o "esprit de corps" dos deputados, sintetizado na senha/apelo "eu posso ser você amanhã”. Eduardo Cunha, fazendo as vezes de um Danton do baixo clero, já havia antecipado a senha ano passado, ao se defender no plenário da câmara, lembram-se?: "Hoje, sou eu; vocês, amanhã”. Temer virou muro de proteção. Hoje é Temer, amanhã pode ser… Agnaldo Ribeiro.
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