quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Oposição domina 1ª sessão da AL e Governo tem que explicar demissões



Jhonathan Oliveira

Nesta terça-feira (8) a Assembleia Legislativa realizou a primeira sessão ordinária da nova legislatura. Na ocasião a bancada de oposição deu o tom das discussões trazendo para o plenário a polêmica questão das demissões dos funcionários temporários do Governo do Estado. Foi aprovado um requerimento de autoria do deputado Luciano Cartaxo (PT) convocando o secretário de Administração, Gilberto Carneiro, para que ele explique o motivo das exonerações.

Logo no início da sessão o deputado Luciano Cartaxo (PT) ocupou a tribuna da Assembleia para defender o requerimento pedindo a convocação do secretário. O petista quer que Gilberto Carneiro explique os critérios das exonerações e também a economia que o Estado teve com essa ação.

Segundo Cartaxo, a explicação que foram demitidos apenas funcionários que tinham dois anos de serviço não procede. " Eu tenho informação de funcionários com mais de 15 anos de serviço que acabaram sendo demitidos", disse.

"A impressão que passa é que o governo primeiro demitiu para depois ver como resolve", acrescentou Luciano.

A deputada Francisca Motta (PMDB) ressaltou que a oposição pretendia dar 100 dias de trégua para o Governo do Estado, mas diante das primeiras medidas tomadas isso não foi possível. " Essas demissões deixaram a Paraíba em um estado de desespero muito grande, nós não podemos aceitar e essa Casa não pode se calar", afirmou. " O nosso próposito era de observamos 100 dias, mas não deu para esperar", concluiu.

o deputado Raniery Paulino seguiu a mesma linha do discurso de Francisca Motta e disse que a oposição não podia marcar data para se manifestar. Ele também propõs que fosse montada uma frente parlamentar para determinar quais funcionários devem voltar ao Governo.

Além do requerimento de Luciano Cartaxo, a Assembleia aprovou outros dois que também tratam da questão dos servidores. O primeiro, de autoria da deputada Daniella Ribeiro (PP), também solicita a realização de uma sessão especial para discutir as demissões.

E o outro, do deputado Guilherme Almeida (PSC), apela para que o Governo reveja a demissão dos funcionários.

PEC 300

Uma outra polêmica levantada na sessão foi a PEC 300 da Paraíba. O deputado Frei Anastácio (PT) conseguiu a aprovação de um requerimento solicitando uma audiência pública para discutir a aplicabilidade do pacote de leis que reajusta os salários das categorias de segurança pública.

Segundo ele, os policiais precisam ser valorizados e eles também necessitam de uma resposta sobre o pagamento ou não da PEC 300. "Se não for a PEC 300 que haja uma outra saída, mas que seja levada em conta uma categoria que é importante", disse Anastácio.

O deputado fez questão de mencionar que não estava com revanchismo, estava apenas tentando intermediar o diálogo junto ao Governo do Estado.

Acuada durante a discussão sobre as demissões dos servidores, a bancada governista se manifestou para discutir a questão da PEC 300. O deputado Lindolfo Pires (DEM) se encarregou de defender o governador Ricardo Coutinho. O democrata defendeu a realização da audiência e argumentou que o Governo não tem medo do debate e "está disposto a enfrentar qualquer tema".

Entretanto, Lindolfo disse que a PEC 300 era uma proposta eleitoreira do ex-governador José Maranhão (PMDB) e acrescentou que é preciso se encontrar uma outra solução para os profissionais de segurança. "Podemos encontrar alternativas e é por isso que eu acho que essa sessão é boa. O Governo está querendo pagar, mas não tem dinheiro, a oposição cobra, mas não pagou quando era Governo", alfinetou

Paraíba 1

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