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sábado, 10 de março de 2018
sábado, 13 de janeiro de 2018
Na favela onde moro: sobre dinossauros e polícia
Felipe Araujo
Quando eu era pequeno admirava os helicópteros, mesmo sem saber falar seu nome corretamente – até os 11 anos de idade, sempre achei que era “aerocóptero”. Certa vez, li em uma revista que eles eram como o beija-flor, o único pássaro capaz de pousar no ar.
Na favela onde moro, helicópteros são coisa comum. Em uma ocasião no ano, corremos atrás deles: em dezembro, quando o Papai Noel traz presente pras “crianças carentes” da comunidade. Nas outras inúmeras ocasiões, não há bom velhinho. Só a caveira do Bope. E, de presente, uma .30, cuspindo munição letal em qualquer coisa que se movimente.
Quando eu era pequeno admirava os helicópteros, mesmo sem saber falar seu nome corretamente – até os 11 anos de idade, sempre achei que era “aerocóptero”. Certa vez, li em uma revista que eles eram como o beija-flor, o único pássaro capaz de pousar no ar.
Na favela onde moro, helicópteros são coisa comum. Em uma ocasião no ano, corremos atrás deles: em dezembro, quando o Papai Noel traz presente pras “crianças carentes” da comunidade. Nas outras inúmeras ocasiões, não há bom velhinho. Só a caveira do Bope. E, de presente, uma .30, cuspindo munição letal em qualquer coisa que se movimente.
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