Segundo o carnavalesco Sávio Araujo, responsável pela confecção do “Galo da Madrugada”, a ideia de vestir o “Galo” com a fantasia de Dom quixote de La Mancha era a simbolização da resistência da cultura popular nordestina contra a globalização da cultura. Daí a importância de ícones como Antonio Carlos Nóbrega e Ariano Suassuna, ambos nomes remanescentes do antigo “movimento armorial”. Não deixa de ser curiosa a justificativa do carnavalesco para encomenda oficial da Prefeitura da Cidade do Recife: é preciso embalar o principal produto turístico da municipalidade recifense com o papel exótico do folguedo popular.